Indicado para o cargo de ministro da Economia do futuro governo Jair Bolsonaro, o economista Paulo Guedes afirmou nesta quarta-feira (6) que está “fora de questão” a nova gestão renegociar a dívida pública. Guedes conversou com a imprensa ao chegar ao Ministério da Fazenda para uma audiência com o atual ministro da Fazenda, Eduardo Guardia.
Nesta segunda-feira (5), Bolsonaro disse, em entrevista à Band, que a dívida interna não é “impagável”, mas precisa ser renegociada. Na entrevista, o presidente eleito falou que, “um bom ministro da Economia” poderia conduzir essas renegociações de forma bastante responsável.
O futuro ministro da Economia ressaltou nesta terça que houve um mal-entendido por parte de Bolsonaro. Segundo Paulo Guedes, “não se pensa nisso”, ainda que exista uma preocupação do novo governo com a dívida pública.
“Durante a campanha, falei que tinha uma despesa de juros demasiada, de US$ 100 bilhões por ano. É como reconstruir uma Europa por ano. Os juros são recessivos. Falei tantas vezes que o presidente pode ter entendido que íamos renegociar a dívida, mas isso está fora de questão”, declarou a jornalistas.
Reforma da Previdência
O futuro ministro da Fazenda também declarou que o novo governo vai sondar a atual legislatura do Congresso Nacional para ver se é possível aprovar o texto da reforma da Previdência apresentado pelo presidente Michel Temer. A proposta de emenda constitucional já passou por uma comissão especial do Legislativo, mas ainda precisa ser submetida a votações nos plenários da Câmara e do Senado.
“Vamos sondar a classe política para ver se conseguimos aprovar isso [atual versão da reforma]. Do ponto de vista econômico, é extraordinário. É um bom fecho para o governo anterior, você desentope o horizonte de dúvidas e o Brasil já entra crescendo no ano que vem”, declarou Guedes.
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